Escrito por Vitor Alves Junckes
Adam Smith, nascido em 1723, em Kirkcaldy na Escócia, frequentou a Universidade de Oxford e durante os anos 1751 a 1764 lecionou Filosofia Moral na Universidade de Glasgow, onde lá, publicou o seu primeiro livro “A Teoria dos Sentimentos Morais”.
O curso lecionado por Smith na Universidade abrangia desde Teologia Natural e Ética até Jurisprudência e Economia Política, em virtude desse fato, para Smith a economia política era um ramo da Filosofia moral. Como para Adam Smith Filosofia Moral e Economia Política se confundiam, para nos aprofundarmos em sua teoria econômica e suas facetas Econômicas, precisamos estudar suas obras desde a Primeira.
Na primeira obra de Smith “A Teoria dos Sentimentos Morais”, ele demonstra como conceito principal de sua obra a ideia de Simpatia, que tem como significado se colocar no lugar dos outros, para entender algo no ponto de vista do outro. Smith também apresenta a figura do espectador imparcial ou homem dentro do peito que é utilizado de forma figurativa para demonstrar a capacidade do homem de discernir entre o certo e o errado, uma consciência que compatibiliza o auto interesse com o bem-estar coletivo.
Nessa obra Smith também demonstra algumas ideias que viriam fazer parte de suas próximas obras mais voltadas a economia como por exemplo a noção do auto interesse, ele se inspira no conceito de amor-próprio para construir o conceito de auto interesse, que é conceituado por ele como um sentimento natural do ser humano de saber o que é melhor para si, sendo assim cada ser se preocuparia antes de tudo em manter suas faculdades físicas, mentais, materiais e sociais nas melhores condições que lhe fosse possível. Mais tarde o concito de auto interesse se converteria nas suas obras econômicas em Prudência.
Nesse ponto se encontra uma conexão inicial de Smith com a Economia, usando de um conceito comum em filosofia para transformá-lo em um conceito econômico.
Um fato curioso é que em meados do século XIX, estudiosos alemães levantaram uma questão chamada de “O Problema de Adam Smith” que colocava em questão uma possível incoerência entre as obras de Smith, já que a obra “A Teoria dos Sentimentos Morais” fala de simpatia e de altruísmo e a obra “Riqueza das Nações” aborda muito o egoísmo. Uma dessas hipóteses era de que o que é verdadeiro para a economia seria falso para a moral, o que implica em uma conclusão de que o homem é frio e calculista no meio econômico e ainda assim permanece bondoso no âmbito moral.
Mais tarde Adam Smith criaria o termo da “Mão-Invisível” que o colocaria de vez entre os Economistas Clássicos. Pode-se concluir então que Smith sempre foi um filósofo, porem começou a entrar no âmbito da economia no momento em que pegou uma vertente de seu conteúdo filosófico (Auto interesse) e o estudou de uma forma que viria a se adequar a economia, introduzindo assim Smith as pesquisas do ramo Econômico.
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