É a abordagem de temas de central preocupação das economias concretas (isto é, economia local, regional, nacional e internacional) e objeto da teoria e análise econômica. Apresentação de problemas estruturais da economia brasileira (em seus vários espaços: local, regional e nacional) e as divergências nas abordagens apresentadas pelas teorias econômicas, suas escolas e seus economistas para entender o problema e propor política econômica para sua superação.
A estrutura econômica representa como é a distribuição dos setores da economia, o trabalho e suas divisões.
O PEA (população economicamente ativa) refere-se às pessoas que trabalham registradas, ou os que estão procurando trabalho.
O PEI (população economicamente inativa) refere-se às pessoas que não trabalham, que não estão procurando, os aposentados e as crianças.
Há o grupo daqueles que trabalham informalmente, esse se refere àqueles que não possuem vínculo empregatício.
Os setores da economia
Setor Primário: corresponde ao extrativismo vegetal, animal e mineral, a agricultura e pecuária.
Setor secundário: Corresponde ao setor industrial e distribuição.
Setor terciário: Corresponde ao comércio varejista e prestação de serviços.
OS SETORES DA ECONOMIA:
Introdução:
A economia de um país pode ser dividida em setores (primário, secundário e terciário) de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.
Setor Primário :
O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação.
Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da natureza como, por exemplo, do clima.
A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregado como ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados.
Setor Secundário:
É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário. A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.
Setor Terciário:
É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades econômicas deste setor econômicos, podemos citar: comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc.
Este setor é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presença de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o setor da economia que mais se desenvolveu no mundo.
Postado por Leonardo Fagundez
Introdução:
Setor Primário :
O setor primário está relacionado a produção através da exploração de recursos da natureza. Podemos citar como exemplos de atividades econômicas do setor primário: agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça. É o setor primário que fornece a matéria-prima para a indústria de transformação.
Este setor da economia é muito vulnerável, pois depende muito dos fenômenos da natureza como, por exemplo, do clima.
A produção e exportação de matérias-primas não geram muita riqueza para os países com economias baseadas neste setor econômico, pois estes produtos não possuem valor agregado como ocorre, por exemplo, com os produtos industrializados.
Setor Secundário:
É o setor da economia que transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados (roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas, etc). Como há conhecimentos tecnológicos agregados aos produtos do setor secundário, o lucro obtido na comercialização é significativo. Países com bom grau de desenvolvimento possuem uma significativa base econômica concentrada no setor secundário. A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.
Setor Terciário:
É o setor econômico relacionado aos serviços. Os serviços são produtos não meterias em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades. Como atividades econômicas deste setor econômicos, podemos citar: comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes, etc.
Este setor é marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico. Quanto mais rica é uma região, maior é a presença de atividades do setor terciário. Com o processo de globalização, iniciado no século XX, o terciário foi o setor da economia que mais se desenvolveu no mundo.
Postado por Leonardo Fagundez
Saúde no Japão Pós-Guerra
O sistema médico moderno no Japão se deu devido ao crescimento econômico acelerado do pós-guerra, resultando também em melhores condições de vida. Investiu em saúde pública, campanhas de vacinação, tratamento grátis para infecções intestinais, respiratórias e tuberculose. Além de campanhas para a redução do consumo de sal, controlando assim a pressão arterial e prolongando a longevidade.
O Japão é considerado como o país com maior expectativa de vida do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A assistência de saúde é um dos mais avançados do mundo e com elevada expectativa de vida chegando á 80 anos para homens e 86 anos para mulheres. Segundo Kenji Shibuya, professor do departamento de política global de saúde da Universidade de Tóquio, a longevidade do japonês se deve ao fato de ter acesso á saúde pública, portanto, dieta equilibrada e hábitos de higiene no dia-a-dia e principalmente pela queda da taxa de mortalidade infantil. Consequentemente a taxa de mortalidade adulta também caiu significamente.
"Isso foi um dos principais impulsionadores do aumento sustentado da longevidade japonesa depois de meados dos anos 1960. E isso foi um dos principais impulsionadores do aumento sustentado da longevidade japonesa depois de meados dos anos 1960". Disse o estudioso¹.
Uma emenda sobre Lei de Seguro de Saúde, garante a todos os cidadãos japoneses, o direito de cobertura de plano de saúde. O principal deles é o seguro de saúde para empregados que cobre praticamente todo os trabalhadores do setor privado. E os demais planos cobrem os autônomos, desempregados e aposentados.
Quem é assegurado pelo plano, não paga médicos, clínica, hospital, ou quaisquer outros mecanismos de saúde².
O Japão, neste ano, permitirá o uso experimental de um medicamento no combate ao ebola. O medicamento é o antigripal Avigan, que foi elaborado pelos laboratórios pelo grupo japonês Fujifilm. Contudo, seu efeito ainda não foi provado e nem seu uso foi autorizado pela OMS.
Segundo o Ministério da Saúde da França, uma enfermeira francesa curou-se da doença, após ser tratada com Avigan. Várias outras empresas farmacêuticas espalhadas pelo mundo, como Estados Unidos, Canadá e outros, desenvolveram vacinas que ainda estão em fase de teste³.
Com todas as qualidades de vida no Japão, o governo continua estudando medidas para melhorar ainda mais a saúde pública dos cidadãos japoneses.
¹ TOBACE, Ewerthon. Pesquisa revela segredo de longevidade no Japão. BBC, Brasil, 18 junho 2012. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120618_japao_longevidade_bg.shtml>. Acesso em 07 novembro 2014.
² Embaixada do Japão, 2012. Disponível em: < http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/sistemadesaude.html> Acesso em: 07 novembro 2014.
³ Copyright Efe. Japão permitirá uso de medicamentos experimentais contra ebola. R7 Notícias, Brasil, 9 outubro 2014. Disponível em: <http://noticias.r7.com/saude/japao-permitira-uso-de-medicamentos-experimentais-contra-ebola-09102014>. Acesso em: 07 novembro 2014.
Escrito por: Ândria Marcela Padilha
O Japão é considerado como o país com maior expectativa de vida do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A assistência de saúde é um dos mais avançados do mundo e com elevada expectativa de vida chegando á 80 anos para homens e 86 anos para mulheres. Segundo Kenji Shibuya, professor do departamento de política global de saúde da Universidade de Tóquio, a longevidade do japonês se deve ao fato de ter acesso á saúde pública, portanto, dieta equilibrada e hábitos de higiene no dia-a-dia e principalmente pela queda da taxa de mortalidade infantil. Consequentemente a taxa de mortalidade adulta também caiu significamente.
"Isso foi um dos principais impulsionadores do aumento sustentado da longevidade japonesa depois de meados dos anos 1960. E isso foi um dos principais impulsionadores do aumento sustentado da longevidade japonesa depois de meados dos anos 1960". Disse o estudioso¹.
Uma emenda sobre Lei de Seguro de Saúde, garante a todos os cidadãos japoneses, o direito de cobertura de plano de saúde. O principal deles é o seguro de saúde para empregados que cobre praticamente todo os trabalhadores do setor privado. E os demais planos cobrem os autônomos, desempregados e aposentados.
Quem é assegurado pelo plano, não paga médicos, clínica, hospital, ou quaisquer outros mecanismos de saúde².
O Japão, neste ano, permitirá o uso experimental de um medicamento no combate ao ebola. O medicamento é o antigripal Avigan, que foi elaborado pelos laboratórios pelo grupo japonês Fujifilm. Contudo, seu efeito ainda não foi provado e nem seu uso foi autorizado pela OMS.
Segundo o Ministério da Saúde da França, uma enfermeira francesa curou-se da doença, após ser tratada com Avigan. Várias outras empresas farmacêuticas espalhadas pelo mundo, como Estados Unidos, Canadá e outros, desenvolveram vacinas que ainda estão em fase de teste³.
Com todas as qualidades de vida no Japão, o governo continua estudando medidas para melhorar ainda mais a saúde pública dos cidadãos japoneses.
¹ TOBACE, Ewerthon. Pesquisa revela segredo de longevidade no Japão. BBC, Brasil, 18 junho 2012. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120618_japao_longevidade_bg.shtml>. Acesso em 07 novembro 2014.
² Embaixada do Japão, 2012. Disponível em: < http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/sistemadesaude.html> Acesso em: 07 novembro 2014.
³ Copyright Efe. Japão permitirá uso de medicamentos experimentais contra ebola. R7 Notícias, Brasil, 9 outubro 2014. Disponível em: <http://noticias.r7.com/saude/japao-permitira-uso-de-medicamentos-experimentais-contra-ebola-09102014>. Acesso em: 07 novembro 2014.
Escrito por: Ândria Marcela Padilha
Receita de serviços cresce 6,4% em setembro, diz IBGE:
Folha de S.Paulo
DO RIO
DE SÃO PAULO
18/11/2014 - 09h12
A receita do setor de serviços registrou no Brasil crescimento nominal de 6,4% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em sua Pesquisa Mensal de Serviços. O resultado foi superior ao observado em agosto, quando a receita teve alta de 4,5% – o pior resultado para o mês desde 2012 e em 12 meses, subiu 7,1%.
De acordo com a PMS, a receita dos serviços prestados às famílias registrou crescimento de 7,7% em setembro, o que não superou a alta registrada em agosto, de 9%.
A PMS investiga o setor de serviços formais no país, abrangendo as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado.
COMÉRCIO
Outro setor que registrou expansão em setembro foi o comércio. As vendas do comércio varejista tiveram alta de 0,4% em relação ao verificado em agosto, quando tinham aumentado em 1,2%, segundo divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em agosto, o comércio havia registrado a primeira alta após dois meses de queda seguida. Com o resultado de setembro, o volume de vendas têm a segunda alta consecutiva.
Na comparação com setembro do ano passado, o varejo teve alta de 0,5%.
Embora tenha registrado alta em todas as bases de comparação, o crescimento das vendas do comércio apresenta desaceleração em comparação ao observado em anos anteriores.
A gerente da coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos, as vendas estão menos robustas por conta da inflação persistente diante a uma renda que acelera pouco e o crédito que está menos abundante. "Isso impacta diretamente nas vendas do varejo".
Postado por Ândria Padilha.
Folha de S.Paulo
DO RIO
DE SÃO PAULO
18/11/2014 - 09h12
A receita do setor de serviços registrou no Brasil crescimento nominal de 6,4% em setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em sua Pesquisa Mensal de Serviços. O resultado foi superior ao observado em agosto, quando a receita teve alta de 4,5% – o pior resultado para o mês desde 2012 e em 12 meses, subiu 7,1%.
De acordo com a PMS, a receita dos serviços prestados às famílias registrou crescimento de 7,7% em setembro, o que não superou a alta registrada em agosto, de 9%.
A PMS investiga o setor de serviços formais no país, abrangendo as atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado.
COMÉRCIO
Outro setor que registrou expansão em setembro foi o comércio. As vendas do comércio varejista tiveram alta de 0,4% em relação ao verificado em agosto, quando tinham aumentado em 1,2%, segundo divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em agosto, o comércio havia registrado a primeira alta após dois meses de queda seguida. Com o resultado de setembro, o volume de vendas têm a segunda alta consecutiva.
Na comparação com setembro do ano passado, o varejo teve alta de 0,5%.
Embora tenha registrado alta em todas as bases de comparação, o crescimento das vendas do comércio apresenta desaceleração em comparação ao observado em anos anteriores.
A gerente da coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Juliana Vasconcellos, as vendas estão menos robustas por conta da inflação persistente diante a uma renda que acelera pouco e o crédito que está menos abundante. "Isso impacta diretamente nas vendas do varejo".
Postado por Ândria Padilha.
Brasil exportou US$ 18,3 bilhões em outubro:
Brasília (3 de novembro) – Em outubro, o Brasil exportou US$ 18,3 bilhões, com média diária de US$ 797 milhões. Em comparação com o mesmo mês do ano passado (US$ 992,2 milhões), houve redução de 19,7%, pela média. As importações mensais foram de US$ 19,5 bilhões, com resultado médio diário de US$ 848,1 milhões, 15,4% abaixo da média registrada em outubro de 2013 (US$ 1,002 bilhão). Com estes resultados, a corrente de comércio chegou a US$ 37,8 bilhões e houve déficit de US$ 1,177 bilhão.
No acumulado do ano, as exportações brasileiras somam US$ 191,97 bilhões, com queda de 3,7% sobre o mesmo período de 2013 pela média diária. As importações (US$ 193,84 bilhões) apresentam recuo de 3,7% neste mesmo comparativo e a corrente de comércio (US$ 385,8 bilhões) caí 3,7%. Em 2014, o saldo está negativo em US$ 1,87 bilhão. O déficit é menor que o registrado entre janeiro e outubro de 2013 (-US$ 1,99 bilhão).
Em entrevista coletiva para comentar os resultados da balança comercial, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, manteve a previsão de superávit para o ano.
“O mês de dezembro costuma ser tradicionalmente superavitário. Há uma expectativa de melhora na conta-petróleo, principalmente, pelo lado das exportações. Há uma expectativa de melhora em relação aos preços do minério de ferro e, portanto, das quantidades embarcadas e dos valores exportados. Por fim, as exportações de carne também têm crescido de forma concentrada no fim de ano e podem impactar no seu conjunto o resultado”, explicou o secretário.
Os principais países de destino das exportações, no acumulado de 2014, foram: China (US$ 36,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,4 bilhões), Argentina (US$ 12,2 bilhões), Países Baixos (US$ 11,5 bilhões) e Japão (US$ 5,6 bilhões). Já os principais países de origens das importações brasileiras no ano foram: China (US$ 31,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 29,8 bilhões), Alemanha (US$ 11,9 bilhões), Argentina (US$ 11,8 bilhões) e Nigéria (US$ 7,8 bilhões).
DADOS DA BALANÇA COMERCIAL
http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Noticia disponivel em:
http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=13466
Postado por: Priscila Alves
No acumulado do ano, as exportações brasileiras somam US$ 191,97 bilhões, com queda de 3,7% sobre o mesmo período de 2013 pela média diária. As importações (US$ 193,84 bilhões) apresentam recuo de 3,7% neste mesmo comparativo e a corrente de comércio (US$ 385,8 bilhões) caí 3,7%. Em 2014, o saldo está negativo em US$ 1,87 bilhão. O déficit é menor que o registrado entre janeiro e outubro de 2013 (-US$ 1,99 bilhão).
Em entrevista coletiva para comentar os resultados da balança comercial, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, manteve a previsão de superávit para o ano.
“O mês de dezembro costuma ser tradicionalmente superavitário. Há uma expectativa de melhora na conta-petróleo, principalmente, pelo lado das exportações. Há uma expectativa de melhora em relação aos preços do minério de ferro e, portanto, das quantidades embarcadas e dos valores exportados. Por fim, as exportações de carne também têm crescido de forma concentrada no fim de ano e podem impactar no seu conjunto o resultado”, explicou o secretário.
Os principais países de destino das exportações, no acumulado de 2014, foram: China (US$ 36,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 22,4 bilhões), Argentina (US$ 12,2 bilhões), Países Baixos (US$ 11,5 bilhões) e Japão (US$ 5,6 bilhões). Já os principais países de origens das importações brasileiras no ano foram: China (US$ 31,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 29,8 bilhões), Alemanha (US$ 11,9 bilhões), Argentina (US$ 11,8 bilhões) e Nigéria (US$ 7,8 bilhões).
DADOS DA BALANÇA COMERCIAL
http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/interna.php?area=5&menu=567
Noticia disponivel em:
http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/noticia.php?area=5¬icia=13466
Postado por: Priscila Alves
Maioria das multinacionais brasileiras é do setor secundário:
São Paulo - De acordo com uma pesquisa da ESPM divulgada nesta quarta-feira, a maioria (69%) das empresas brasileiras que têm atividades no exterior pertence ao setor manufatureiro, principalmente aos ramos de peças automotivas e têxtil. Companhias do setor terciário ficam em segundo lugar (26%), seguidas pelas do primário (5%).
Os dados são de uma amostra de 100 organizações, recortada de um universo composto por 400 empresas que, juntas, têm mais de 1.000 subsidiárias em 56 países. Essas multinacionais foram mapeadas pela instituição ao longo de sete anos.
O levantamento contempla apenas corporações que possuem ativos físicos (plantas, escritórios) no exterior e não abrange exportações. Entre elas, só 37% estão listadas em bolsa.
Segundo
abriel Vouga Chueke, coautor do estudo, a maioria das empresas nacionais que se aventuram a atuar em território estrangeiro têm o objetivo de conquistar novos consumidores e, consequentemente, crescer. Há ainda aquelas que usam suas filiais como plataformas de exportação para outros mercados, como fez o frigorífico JBS na Rússia.
abriel Vouga Chueke, coautor do estudo, a maioria das empresas nacionais que se aventuram a atuar em território estrangeiro têm o objetivo de conquistar novos consumidores e, consequentemente, crescer. Há ainda aquelas que usam suas filiais como plataformas de exportação para outros mercados, como fez o frigorífico JBS na Rússia.
Entre as multinacionais brasileiras do setor terciário, a grande maioria é de TI, o ramo que se internacionaliza com maior velocidade, conforme aponta a pesquisa.
Em parte, esse movimento pode ser creditado à necessidade da área de buscar conhecimento tecnológico em mercados mais desenvolvidos. Mas há também casos de empresas de TI que vão para o exterior para dar suporte a clientes antigos que expandiram suas atividades para outros países.
Já as companhias do setor primário, apesar de serem pouco representativas em números absolutos (correspondem a apenas 5% da amostra), são muito significativas em termos de quantidade de filiais instaladas em outros países e volume de capital movimentado.
Delas, 80% atuam em mineração e o restante em extração de petróleo e gás natural. Nesse setor, é comum a internacionalização à procura de recursos, especialmente naturais.
Veja as empresas pesquisadas:
Empresa | Atividade | Setor | Capital aberto | |
---|---|---|---|---|
1 | Acumuladores Moura S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Bateria) | Secundário | Não |
2 | Agrale S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte | Secundário | Não |
3 | Alpargatas S.A. | Têxtil, confecção e couro (Calçados) | Secundário | Sim |
4 | Alusa Engenharia S.A. | Construção civil | Terciário | Não |
5 | Ambev S.A. | Alimentos, bebidas e fumo (Cervejas e Refrigerantes) | Secundário | Sim |
6 | Andrade Gutierrez Engenharia e Construção | Construção civil | Terciário | Sim |
7 | Artecola Indústrias Quimicas Ltda | Produtos químicos | Secundário | Não |
8 | Atech Negócios em Tecnologias S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
9 | Bauducco & CIA Ltda | Alimentos, bebidas e fumo | Secundário | Não |
10 | Bematech S.A. | Material eletrônico (Computadores e Equipamentos) | Secundário | Sim |
11 | Bertin S.A. | Alimentos, bebidas e fumo (Carnes e Derivados) | Secundário | Não |
12 | Braskem S.A. | Produtos químicos (Petroquímicos) | Secundário | Sim |
13 | Brf S.A. | Alimentos, bebidas e fumo (Carnes e Derivados) | Secundário | Sim |
14 | BRQ Soluções em Informática | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
15 | Busscar Ônibus S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Ônibus) | Secundário | Não |
16 | Camargo Corrêa Cimentos | Produtos minerais e não-metálicos | Secundário | Não |
17 | Camargo Corrêa Construtora | Construção civil | Terciário | Não |
18 | Cambuci S.A. (Penalty) | Têxtil, confecção e couro (Calçados) | Secundário | Sim |
19 | CBMM - Cia Brasileira de Metalurgia e Mineração | Extração e mineração | Primário | Não |
20 | Ci&t Software S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
21 | Cia Providência Indústria e Coméricio | Manufatura outros | Secundário | Sim |
22 | Cinex Indústria de Mobiliário Ltda | Madeira e produtos de madeira | Secundário | Não |
23 | Citrosuco (Grupo Fischer/Votorantim) | Alimentos, bebidas e fumo | Secundário | Não |
24 | Coteminas S.A. | Têxtil, confecção e couro (Fios e Tecidos) | Secundário | Sim |
25 | CPM Braxis S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
26 | CSN - Cia Siderúrgica Nacional | Metais e produtos de metal (Siderurgia) | Secundário | Sim |
27 | Cutrale - Sucocítrico Ltda | Alimentos, bebidas e fumo (Sucos) | Secundário | Não |
28 | Dass Calçados e Artigos Esportivos Ltda | Têxtil, confecção e couro (Calçados) | Secundário | Não |
29 | Dhb IndústrIa e Comércio S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Sim |
30 | Duas Rodas Industrial | Produtos químicos | Secundário | Não |
31 | Duratex S.A. | Madeira e produtos de madeira | Secundário | Sim |
32 | Embraco - Empresa Brasileira de Compressores S.A. | Máquinas e equipamentos (Motores , Compressores e Outros) | Secundário | Não |
33 | Embraer S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Aeronáutico e de Defesa) | Secundário | Sim |
34 | EMS | Produtos químicos (Farmacêutica) | Secundário | Não |
35 | Eucatex S.A. Indústria e Comércio | Madeira e produtos de madeira | Secundário | Sim |
36 | Eurofarma Laboratórios S.A. | Produtos químicos (Farmacêutica) | Secundário | Não |
37 | Fibria Celulose S.A. | Manufatura outros (Papel) | Secundário | Sim |
38 | Forjas Taurus S.A. | Metais e produtos de metal (Armas e Munições) | Secundário | Sim |
39 | Fras-le S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Sim |
40 | Fujitec Soluções em Sistemas de Informação | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
41 | Gauss Industrial | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Não |
42 | Gautom Sistemas Mecatrônicos | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
43 | Gerdau S.A. | Metais e produtos de metal (Siderurgia) | Secundário | Sim |
44 | Griaule Biometrics | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
45 | Guerra S.A. - Implementos Rodoviários | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Não |
46 | IBOPE Pesquisa de Mídia e Participações Ltda | Outros serviços comerciais (trade data) | Terciário | Não |
47 | Inplac Indústria de Plásticos S.A. | Artigos de borracha e plástico | Secundário | Não |
48 | Iochpe Maxion S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Sim |
49 | Ipiranga Produtos de Petróleo S.A. | Fabricação de coque,produtos derivados de petróleo | Secundário | Não |
50 | Itautec S.A. - Grupo Itautec | Material eletrônico (Computadores e Equipamentos) | Secundário | Sim |
51 | Jacto Máquinas Agrícolas S.A. | Máquinas e equipamentos | Secundário | Não |
52 | JBS S.A. | Alimentos, bebidas e fumo (Carnes e Derivados) | Secundário | Sim |
53 | Klabin S.A. | Manufatura outros (papel) | Secundário | Sim |
54 | Lupatech S.A. | Máquinas e equipamentos (Motores , Compressores e Outros) | Secundário | Sim |
55 | Magnesita Refratários S.A. | Extração e mineração | Primário | Sim |
56 | Marcopolo S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Ônibus) | Secundário | Sim |
57 | Marfrig Global Foods S.A. | Alimentos, bebidas e fumo (Carnes e Derivados) | Secundário | Sim |
58 | Master Sistemas Automotivos Ltda. (Grupo Randon) | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Sistemas) | Secundário | Não |
59 | Metagal | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Retrovisores) | Secundário | Não |
60 | Metalcorte Metalurgia Ltda (Grupo Voges) | Metais e produtos de metal (Siderurgia) | Secundário | Não |
61 | Metalfrio Solutions S.A. | Máquinas e equipamentos (Equipamentos Elétricos) | Secundário | Não |
62 | Método Engenharia S.A. | Construção civil | Terciário | Não |
63 | Minerva S.A. | Alimentos, bebidas e fumo (Carnes e Derivados) | Secundário | Sim |
64 | Módulo Security Solutions S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
65 | Movile Internet Móvel S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
66 | Natura Cosméticos S.A. | Produtos químicos (Produtos de Uso Pessoal) | Secundário | Sim |
67 | Neogrid Software S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
68 | Nexxera Tecnologia e Serviços S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
69 | Odebrecht Engenharia e Construção S.A. | Construção civil | Terciário | Não |
70 | Oxiteno S.A. | Fabricação de coque,produtos derivados de petróleo | Secundário | Não |
71 | Paquetá Calçados Ltda | Têxtil, confecção e couro (Calçados) | Secundário | Não |
72 | Petrobras - Petróleo Brasileiro S.A. | Extração de petróleo e gás natural | Primário | Sim |
73 | Politec Tecnologia da Informação S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
74 | Promon Logicalis Tecnologia e Participações Ltda | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
75 | Queiroz Galvão Construtora S.A. | Construção civil | Terciário | Não |
76 | Randon Implementos e Participações S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Sim |
77 | Renner Sayerlack S.A. | Produtos químicos | Secundário | Não |
78 | RMS Software S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
79 | Romi Indústrias S.A. | Máquinas e equipamentos | Secundário | Sim |
80 | Sabó Indústria e Comércio de Autopeças Ltda | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Não |
81 | Santana Têxtil S.A. | Têxtil, confecção e couro (Fios e Tecidos) | Secundário | Não |
82 | Santista Têxtil (Tavex Brasil S.A.) | Têxtil, confecção e couro (Fios e Tecidos) | Secundário | Não |
83 | Sifco S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Não |
84 | Smar Automação Industrial | Máquinas e equipamentos | Secundário | Não |
85 | Spring Mobile Solutions | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
86 | Stefanini Consultoria e Assessoria em Informática S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
87 | Suzano Papel e Celulose S.A. | Manufatura outros (papel) | Secundário | Sim |
88 | Systemhaus | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
89 | Tigre S.A. - Tubos e Conexões | Artigos de borracha e plásticos | Secundário | Não |
90 | Totvs S.A. | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Sim |
91 | Tramontina S.A. | Metais e produtos de metal | Secundário | Não |
92 | Tupy S.A. | Veículos automotores e equipamentos de transporte (Material Rodoviário) | Secundário | Sim |
93 | Vale S.A. | Extração e mineração | Primário | Sim |
94 | Vicunha S.A. | Têxtil, confecção e couro (Fios e Tecidos) | Secundário | Não |
95 | Votorantim Cimentos S.A. | Produtos minerais e mão-metálicos | Secundário | Não |
96 | Votorantim Metais S.A | Extração e mineração | Primário | Não |
97 | Votorantim Siderurgia S.A. | Metais e produtos de metal (Siderurgia) | Secundário | Não |
98 | VS Sistemas de Informação | Tecnologia da Informação (Programas e Serviços) | Terciário | Não |
99 | Vulcabrás Azaléia S.A. | Têxtil, confecção e couro (Calçados) | Secundário | Sim |
100 | Weg S.A. | Máquinas e equipamentos (Motores , Compressores e Outros) | Secundário | Sim |
Inovação
Em uma outra parte da pesquisa, os pesquisadores analisaram a intensidade de transferência de conhecimento tecnológico entre as matrizes brasileiras e suas subsidiárias estrangeiras. Dessa etapa, participaram 39 empresas, que juntas têm 78 filiais em 26 países.
Entre todas elas, só 29% atingiram um alto nível de troca de conhecimentos com suas filiais (ou seja: conseguiram de fato inovar a partir do que aprenderam na internacionalização). Esse patamar envolveria melhorias e criação de novos produtos ou processos, investimento em pesquisa e desenvolvimento e transferência de know-how e experiência técnica, por exemplo.
A maior parte dessas organizações fabrica insumos básicos (32%). Vinte e um por cento são companhias baseadas em recursos naturais, 19% produzem partes, componentes e subsistemas e 12% são montadoras de sistemas. Outras 6% fabricam bens duráveis, 6% fazem insumos para a construção civil e 4% são montadoras de CoPs (sistemas complexos de produção).
O setor público consolidado – governos federal, estaduais e municipais e empresas estatais – apresentou déficit primário de R$ 25,491 bilhões. É o quinto déficit primário consecutivo do ano e o pior resultado para todos os meses desde o início da série histórica, em 2001. Anteriormente, o maior déficit havia sido o de dezembro de 2008, de R$ 20,951 bilhões. Os dados foram divulgados hoje (31) pelo Banco Central (BC).
Nos nove meses do ano houve déficit de R$ 15,286 bilhões. No mesmo período do ano passado, havia superávit de R$ 44,965 bilhões. Em 12 meses encerrados em setembro, o superávit primário do setor público ficou em R$ 31 bilhões, o correspondente a 0,61% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país).
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e longo prazos. Neste ano, a meta para o setor público é 1,9% do PIB. O BC considera, no Relatório de Inflação, o resultado primário estrutural, cálculo feito com base na exclusão de receitas e despesas extraordinárias.
No mês passado, o Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de R$ 20,995 bilhões. Os governos estaduais registraram déficit de R$ 3,791 bilhões e os municipais, superávit de R$ 730 milhões. Já as empresas estatais, excluídos os grupos Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 1,435 bilhão.
Em nove meses, o Governo Central registrou déficit primário de R$ 19,471 bilhões; os estaduais e municipais, respectivamente, superávit de R$ 1,494 bilhão e R$ 4,565 bilhões.
Editor: José Romildo
Publicado por: Leonardo Fagundez
A história para salvar a política e a economia:
Por Antonio Delfim Netto
Silvia Costanti/Valor
Para tentar entender a situação social e econômica que estamos vivendo e o papel civilizatório do jogo entre duas instituições fundamentais, a "urna" e o "mercado", precisamos, sim, das teorias política e econômica mas, muito mais, da história.
O mecanismo indutor das enormes transformações sociais do último século tem sido o sufrágio universal. Quando acompanhado da educação, que eleva o espírito crítico, ele "empondera" o cidadão para escolher o caminho da sociedade civilizada que deseja. Nessa, a eficiência econômica produzida pelo uso dos mercados é instrumento necessário, mas não suficiente, para o pleno exercício da liberdade de iniciativa e a busca da igualdade de oportunidades.
Qual foi esse fundamental avanço civilizatório? Foi o "emponderamento" do cidadão que o sufrágio universal realizou no século passado. Ele impediu, cada vez mais fortemente, que o nível de emprego e o salário real fossem usados como variáveis de ajuste nas flutuações ínsitas do regime capitalista (mercados tradicionais desde a antiguidade + a propriedade privada + o mercado de trabalho, que tornou possível separar a mão de obra do seu produto), que era a solução "natural" sugerida pela maioria dos economistas.
Mercado não pode existir sem um Estado para regulá-lo
A história dos últimos cem anos mostra que a cada surto do "laissez-faire" (particularmente depois dos anos 20 e 70 do século passado), seguiu-se uma grave crise do setor real induzida pelo sistema financeiro desregulamentado, que foi acompanhada por enorme discussão teórica sobre o papel do Estado na economia. Enquanto se discutia, ele nunca deixou de crescer, a ponto de tornar-se, em 1930-35, o "salvador de última instância" do capitalismo, o que se repetiu em 2008. Mas por que continuar a insistir no capitalismo? Pela simples e boa razão que ele é resultado de um mecanismo evolutivo de seleção quase natural, que tem a capacidade de adaptar-se combinando relativa eficiência alocativa com as sempre novas exigências sociais e com respeito à liberdade individual. Ele é apenas um instante do processo histórico: não é perfeito nem é o seu fim.
Imediatamente após a Primeira Guerra, o mundo assistiu a um enorme esforço de quase todos os países para restaurarem o sistema anterior, o padrão-ouro e o "laissez-faire". Tal equívoco afundou, em 1929, os EUA e o mundo, devido às patifarias promovidas pelo sistema financeiro desregulado, como mostrou o famoso Relatório Pecora, problema repetido, aliás, em 2007.
Como responderam as políticas dos países àquela tragédia? Sujeitaram suas economias a intervenções que variaram no tempo e na profundidade e em alguns casos suspenderam, de fato, o jogo político e adotaram o autoritarismo. É possível distinguir claramente o tempo e o custo do ajuste em função da natureza dessas escolhas.
Os EUA, com Roosevelt, regularam todo o sistema financeiro e avançaram nas políticas intervencionistas na agricultura e na indústria, a ponto dele ser considerado "um comunista frustrado em seus desígnios pelo Suprema Corte americana"! Hoje é possível sorrir de tal tolice, mas é difícil ignorar que o controle e regulação do sistema financeiro permitiu o funcionamento razoável da economia até meados dos anos 70 do século passado, quando começou o seu desmonte.
Os países que em 1930-35 adotaram métodos contracionistas (a receita do então "mainstream") deram-se mal, como o Reino Unido (onde existia o suporte do seguro-desemprego), Holanda, Polônia, França etc. No início, a receita foi usada também na Itália e na Alemanha, que, sob o peso do enorme desemprego, desistiram do jogo! No final, todos os países acabaram aderindo ao mecanismo expansionista através dos seus bancos centrais (foi, aliás, quando esses adquiriram musculatura e se espalharam pelo mundo).
De acordo com o método contracionista, o desemprego crescente produziria em algum momento a queda do salário real e, assim, restabeleceria o equilíbrio no mercado de trabalho. A esse respeito, nada é mais eloquente do que um famoso artigo do respeitado economista Jacques Rueff, de 1931, no qual acreditou ter "provado" empiricamente que em última análise, era o seguro-desemprego que impedia o ajuste de salário no Reino Unido e, portanto, era o responsável pelo desemprego e pela crise.
A coisa interessante, e de certa forma curiosa, é que a expansão pela "demanda efetiva" foi proposta, basicamente, por economistas "práticos", antes que Keynes viesse a teorizá-la. Naquele momento, como agora, surgiu um grande esforço de superação do "capitalismo então existente". Ele sobreviveu adaptando-se e proporcionando relativa liberdade com alguma eficiência produtiva.
Quem tiver interesse nesse importante assunto, que retorna a cada grande crise (como agora), não deve perder o diálogo entre os professores D.F.Pegrum e C.Landauer, na "American Economic Review", de junho e dezembro de 1941. A história mostra como é ridícula a cíclica discussão mercado x Estado. O primeiro não pode existir sem um Estado constitucionalmente forte para regulá-lo e deixar que ele vá se ajustando para se acomodar às novas exigências sociais.
Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras
E-mail: ideias.consult@uol.com.br
Fonte: Valor Econômico
Publicado por: Priscila Alves
Produção de petróleo da Petrobras sobe no mês de agosto:
A produção de petróleo da Petrobrás cresceu cerca de 2,1 milhões por dia neste mês de agosto.
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, antecipou que a produção de petróleo da estatal ainda baterá novo recorde nos meses seguintes.
"Estamos muito entusiasmados com o presente e completamente crédulos com o futuro próximo", disse Graça, que afirmou "não abrir mão" da meta de crescer 7,5% ao ano. Até julho, a produção da Petrobras tinha aumentado 1,5% na comparação com o mesmo período de 2013.
A companhia mantém a previsão de elevar a extração nacional em 7,5% em 2014, com margem de tolerância na estimativa de 1 ponto percentual para cima ou para baixo.
A presidenta da estatal anunciou também que o pré-sal deve ter recorde de produção em agosto e que a Petrobras operadora superou os 2,2 milhões de barris de petróleo no mês passado.
Por Antonio Delfim Netto
Silvia Costanti/Valor
Para tentar entender a situação social e econômica que estamos vivendo e o papel civilizatório do jogo entre duas instituições fundamentais, a "urna" e o "mercado", precisamos, sim, das teorias política e econômica mas, muito mais, da história.
O mecanismo indutor das enormes transformações sociais do último século tem sido o sufrágio universal. Quando acompanhado da educação, que eleva o espírito crítico, ele "empondera" o cidadão para escolher o caminho da sociedade civilizada que deseja. Nessa, a eficiência econômica produzida pelo uso dos mercados é instrumento necessário, mas não suficiente, para o pleno exercício da liberdade de iniciativa e a busca da igualdade de oportunidades.
Qual foi esse fundamental avanço civilizatório? Foi o "emponderamento" do cidadão que o sufrágio universal realizou no século passado. Ele impediu, cada vez mais fortemente, que o nível de emprego e o salário real fossem usados como variáveis de ajuste nas flutuações ínsitas do regime capitalista (mercados tradicionais desde a antiguidade + a propriedade privada + o mercado de trabalho, que tornou possível separar a mão de obra do seu produto), que era a solução "natural" sugerida pela maioria dos economistas.
Mercado não pode existir sem um Estado para regulá-lo
A história dos últimos cem anos mostra que a cada surto do "laissez-faire" (particularmente depois dos anos 20 e 70 do século passado), seguiu-se uma grave crise do setor real induzida pelo sistema financeiro desregulamentado, que foi acompanhada por enorme discussão teórica sobre o papel do Estado na economia. Enquanto se discutia, ele nunca deixou de crescer, a ponto de tornar-se, em 1930-35, o "salvador de última instância" do capitalismo, o que se repetiu em 2008. Mas por que continuar a insistir no capitalismo? Pela simples e boa razão que ele é resultado de um mecanismo evolutivo de seleção quase natural, que tem a capacidade de adaptar-se combinando relativa eficiência alocativa com as sempre novas exigências sociais e com respeito à liberdade individual. Ele é apenas um instante do processo histórico: não é perfeito nem é o seu fim.
Imediatamente após a Primeira Guerra, o mundo assistiu a um enorme esforço de quase todos os países para restaurarem o sistema anterior, o padrão-ouro e o "laissez-faire". Tal equívoco afundou, em 1929, os EUA e o mundo, devido às patifarias promovidas pelo sistema financeiro desregulado, como mostrou o famoso Relatório Pecora, problema repetido, aliás, em 2007.
Como responderam as políticas dos países àquela tragédia? Sujeitaram suas economias a intervenções que variaram no tempo e na profundidade e em alguns casos suspenderam, de fato, o jogo político e adotaram o autoritarismo. É possível distinguir claramente o tempo e o custo do ajuste em função da natureza dessas escolhas.
Os EUA, com Roosevelt, regularam todo o sistema financeiro e avançaram nas políticas intervencionistas na agricultura e na indústria, a ponto dele ser considerado "um comunista frustrado em seus desígnios pelo Suprema Corte americana"! Hoje é possível sorrir de tal tolice, mas é difícil ignorar que o controle e regulação do sistema financeiro permitiu o funcionamento razoável da economia até meados dos anos 70 do século passado, quando começou o seu desmonte.
Os países que em 1930-35 adotaram métodos contracionistas (a receita do então "mainstream") deram-se mal, como o Reino Unido (onde existia o suporte do seguro-desemprego), Holanda, Polônia, França etc. No início, a receita foi usada também na Itália e na Alemanha, que, sob o peso do enorme desemprego, desistiram do jogo! No final, todos os países acabaram aderindo ao mecanismo expansionista através dos seus bancos centrais (foi, aliás, quando esses adquiriram musculatura e se espalharam pelo mundo).
De acordo com o método contracionista, o desemprego crescente produziria em algum momento a queda do salário real e, assim, restabeleceria o equilíbrio no mercado de trabalho. A esse respeito, nada é mais eloquente do que um famoso artigo do respeitado economista Jacques Rueff, de 1931, no qual acreditou ter "provado" empiricamente que em última análise, era o seguro-desemprego que impedia o ajuste de salário no Reino Unido e, portanto, era o responsável pelo desemprego e pela crise.
A coisa interessante, e de certa forma curiosa, é que a expansão pela "demanda efetiva" foi proposta, basicamente, por economistas "práticos", antes que Keynes viesse a teorizá-la. Naquele momento, como agora, surgiu um grande esforço de superação do "capitalismo então existente". Ele sobreviveu adaptando-se e proporcionando relativa liberdade com alguma eficiência produtiva.
Quem tiver interesse nesse importante assunto, que retorna a cada grande crise (como agora), não deve perder o diálogo entre os professores D.F.Pegrum e C.Landauer, na "American Economic Review", de junho e dezembro de 1941. A história mostra como é ridícula a cíclica discussão mercado x Estado. O primeiro não pode existir sem um Estado constitucionalmente forte para regulá-lo e deixar que ele vá se ajustando para se acomodar às novas exigências sociais.
Antonio Delfim Netto é professor emérito da FEA-USP, ex-ministro da Fazenda, Agricultura e Planejamento. Escreve às terças-feiras
E-mail: ideias.consult@uol.com.br
Fonte: Valor Econômico
Publicado por: Priscila Alves
Publicado por: Priscila Alves
Produção de petróleo da Petrobras sobe no mês de agosto:
A produção de petróleo da Petrobrás cresceu cerca de 2,1 milhões por dia neste mês de agosto.
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, antecipou que a produção de petróleo da estatal ainda baterá novo recorde nos meses seguintes.
"Estamos muito entusiasmados com o presente e completamente crédulos com o futuro próximo", disse Graça, que afirmou "não abrir mão" da meta de crescer 7,5% ao ano. Até julho, a produção da Petrobras tinha aumentado 1,5% na comparação com o mesmo período de 2013.
A companhia mantém a previsão de elevar a extração nacional em 7,5% em 2014, com margem de tolerância na estimativa de 1 ponto percentual para cima ou para baixo.
A presidenta da estatal anunciou também que o pré-sal deve ter recorde de produção em agosto e que a Petrobras operadora superou os 2,2 milhões de barris de petróleo no mês passado.
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